Só... ou algo assim.

Vivo me perguntando se as pessoas são felizes, se sou merecedor do amor, se são mesmos os meus erros os causadores de minha inércia, nesse campo. Um equilíbrio não me parece algo tão fora da minha realidade. Eu sou difícil, mas eu também mereço ser feliz. E onde encontrar essa felicidade? O que posso fazer para buscar, de fato, o que julgo essencial para estar bem comigo e em harmonia com o mundo?

Hoje penso em minha filha, sem querer a maltrato, quando não consigo me entender com sua mãe. Quando coloco fatores outros, a frente do meu carinho e meu amor por ela. Sinto-me traído. E traição não é só você pegar sua mulher na cama com outro, ou algo do gênero. Traição também é você não conseguir fazer com que sua companheira se abra pra você. Converse. Traição é você fingir um sentimento só pra está ao lado de alguém.

Não me julgo um tolo por dar tanto crédito ao amor e as relações. Sei que nessa sociedade capitalista que vivemos as pessoas só pensam em acumular bens e ter conforto financeiro pra se destacar na sociedade. Eu não, sou da moda antiga, onde o feliz é ter uma família que lhe ame, lhe respeite, e que possa sempre está ao seu lado, acreditando em você e construindo junto um sonho.

Sinto que esse sonho começa a ficar cada vez mais distante de mim. Certa vez, ainda no colegial, conversei com uma amiga que dizia ter medo do futuro, ter medo de ficar só. Lembro que na época, eu sempre cercado de amigos e paqueras, achei uma tremenda de uma bobagem aquilo e questionei que a solidão não me assustava nenhum pouco. Mas hoje sinto o medo da minha amiga. Pois mesmo tendo uma mulher, e aguardando um bebê, me sinto só.

Sei que será diferente quando ela estiver aqui comigo. Mas temo ter que viver na aparência para que ela não perceba que não somos a família perfeita. Temo ainda mais que a separem de mim. Que se digam donos dela. Temo ter que se afastar de minha família e entrar em outra que não me agrada, só pra ficar perto da minha filha. No fundo o meu maior medo é a solidão, só ou acompanhado.

0 comentários: